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Oposição a Maduro denuncia perseguição “a níveis desumanos”

A Plataforma Unitária Democrática (PUD), principal coligação de oposição venezuelana, denunciou neste sábado, 10 de agosto, que a perseguição da ditadura de Nicolás Maduro no país chegou a “níveis desumanos”. “Durante os últimos dias, a repressão e a perseguição política chegou a níveis desumanos e críticos, em que dezenas de adolescentes, centenas de mulheres e homens foram sequestrados por expressar a sua vontade de mudança e de um futuro melhor”, afirmou a coligação no X. Mais de 2,4 mil detenções foram realizadas nos últimos 13 dias, após o Conselho Eleitoral Nacional (CNE) da Venezuela, controlado pelo chavismo, declarar vitória de Maduro. O órgão eleitoral não apresentou as atas eleitorais passadas mais de duas semanas do pleito. Na publicação, a PUD – coligação do candidato Edmundo González Urrutia – agradeceu a declaração feita na sexta-feira pelo gabinete do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), que pediu a libertação de quem foi alvo de “detenções arbitrárias”. “Depois da vitória eleitoral de González Urrutia, temos de continuar a levantar a voz e essas declarações são contribuições importantes que ajudam a nossa causa democrática e pacífica”, afirmou a coligação. Na noite de quinta-feira, a Ação Democrática, um dos partidos de oposição na Venezuela, denunciou o sequestro de Williams Dávila Barrios, ex-governador e ex-deputado eleito pelo estado de Mérida. Segundo o partido, um grupo de pessoas armadas prendeu Dávila nas proximidades da praça de Los Palos Grandes, em Caracas. Já no domingo, o prefeito de Tinaquillo, estado de Cojedes, Fernando Feo, também foi preso pelas forças de segurança do regime de Nicolás Maduro. Foram presos ainda o ex-prefeito Enzo Scarano e seu filho Vicente Scarano. Repressão brutal A fraude das recentes eleições presidenciais na Venezuela desencadearam uma onda de manifestações e de repressão por parte do regime de Maduro. O defensor e ativista dos direitos humanos Antonio Canova se manifestou sobre a perseguição política na Venezuela que se intensificou no país após as eleições presidenciais de 28 de julho: “O governo fala em mais de dois mil detidos. O Fórum Penal registrou quase mil pessoas presas, sem contar o número de feridos e até as pessoas que morreram durante estas manifestações.” Canova mencionou o caso específico de seu aluno Kennedy Tejeda, advogado e membro do Fórum Penal, que foi privado de liberdade nos últimos dias. “É uma enorme injustiça que isto tenha acontecido com Kennedy e com tantos outros venezuelanos que em todo o país estão sendo perseguidos, processados e condenados por crimes gravíssimos como terrorismo, traição e incitação ao ódio por não reconhecer Maduro e seus poderes”, acrescentou. Informações o Antagonista 

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