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“Não quero tomar nada do Bolsonaro.

O empresário e influenciador Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, que está em ascensão nas pesquisas, minimizou o recente embate público com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos Eduardo e Carlos Bolsonaro. Ao participar de sabatina promovida pela GloboNews, na noite de segunda-feira (26), Marçal negou que esteja ocupando o espaço de Bolsonaro como líder da direita brasileira e projetou uma reaproximação com o ex-presidente após a eleição – ou mesmo em um eventual segundo turno. Em São Paulo, Bolsonaro e família apoiam o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição. Mesmo assim, os últimos levantamentos de intenção de voto mostram que Marçal vem conquistando a maior parte dos eleitores bolsonaristas na capital. “Não quero tomar nada do Bolsonaro. Eu quero [que apareçam] mil Bolsonaros e mil Pablos. Ele [Bolsonaro] é o maior líder e ninguém vai tirar isso dele”, afirmou o candidato do PRTB. “Eu não quero esse peso, de ser o cara. Quero servir ao povo de São Paulo.” Marçal atribuiu os ataques que recebeu nos últimos dias ao vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), um dos filhos do ex-presidente. Na sabatina, o empresário chamou Carlos de “retardado” e disse que o político tem “ciúme” do pai. Segundo o candidato do PRTB, Carlos Bolsonaro foi o principal responsável pela derrota de Bolsonaro para Lula, no segundo turno das eleições de 2022, e deveria se preocupar mais com a campanha do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) à prefeitura do Rio de Janeiro (RJ). Ramagem está bem atrás do prefeito Eduardo Paes (PSD), candidato à reeleição, nas pesquisas de intenção de voto. “O Carlos é um cara ciumento. Em vez de se preocupar com o Ramagem, que inclusive eu vou ajudar, ele está preocupado comigo em São Paulo”, disse Marçal. Suspeitas sobre o PRTB Durante a sabatina, o empresário foi questionado sobre as suspeitas envolvendo lideranças de seu partido, o PRTB. O presidente nacional da legenda, Leonardo Avalanche, é acusado de supostamente ter ligações com o crime organizado. “Não sou presidente, não sou o dono do partido. Se dependesse de mim, era afastamento geral. Eu sou uma pessoa que estou usando o partido para ser candidato”, afirmou Marçal. “Eu não escolhi [o partido], foi o único que teve para entrar. Eles vão votar em mim, depois eu posso sair do partido”, complementou o candidato. Marçal admitiu, no entanto, que se sente “constrangido” com as suspeitas envolvendo o PRTB, principalmente após a publicação de reportagem do jornal Folha de S.Paulo com um áudio atribuído a Avalanche, em que o dirigente partidário diz ter ajudado na soltura do traficante André do Rap, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Marçal afirmou que não é “amigo” de Avalanche e que chegou a sugerir ao presidente do PRTB que se licenciasse do cargo, mas não foi atendido. “Partido político não é sinônimo de pureza, não”, disse Marçal. Na entrevista, Pablo Marçal também criticou a decisão da Justiça Eleitoral que suspendeu os perfis oficiais do candidato nas redes sociais, acolhendo um pedido da campanha da candidata do PSB, a deputada Tabata Amaral. De acordo com a Justiça Eleitoral, Marçal teria cometido abuso de poder econômico ao supostamente oferecer remuneração a pessoas que fizessem gravações, memes e “cortes” nas redes envolvendo o candidato. O empresário e influenciador nega essa prática e se diz vítima de “censura”. “Eu durmo em paz todo dia, não tem dinheiro meu nisso”, afirmou Marçal. “Agradeço pela perseguição porque eu consegui criar uma conta com mais engajamento que a outra”, concluiu. Informações Infomoney

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