Jurista renomado desvenda a estratégia dos ministros e põe o dedo na enorme ferida do STF

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão, aparentemente, tentando desviar a atenção do público para a gravidade das ações que ocorreram. O renomado jurista André Marsiglia descreveu com precisão a situação, destacando a estratégia do STF e seus defensores de minimizarem a violação de procedimentos formais enquanto desvia a atenção do problema maior, que é o direcionamento das investigações. Segundo Marsiglia, a estratégia é assumir a violação do rito como um problema menor para que se possa esconder a gravidade das investigações direcionadas. Isso resulta em uma distração eficiente, pois os debates se concentram em questões de formalidades e procedimentos, enquanto o problema fundamental é negligenciado. Marsiglia observa que a cobertura da mídia tem se focado intensamente nas questões de rito e formalidade, enquanto ignora o cerne do problema: a falta de independência nas investigações e o direcionamento para atingir críticos específicos. Esse foco desviado permite que a discussão se concentre nas falhas processuais, em vez de questionar a imparcialidade das investigações. O jurista critica a abordagem do STF e seus defensores, chamando-a de "jogo de narrativas" e uma "cortina de fumaça" para encobrir questões mais sérias. Ele argumenta que, ao enfocar a violação do rito, a mídia e o público deixam de analisar a violação da imparcialidade investigativa, que é um problema de maior impacto. Marsiglia enfatiza que um tribunal não deve usar sua autoridade para atacar críticos e que a discussão deve se voltar para a independência e a equidade das investigações conduzidas pelo STF. Ele ressalta que a verdadeira questão é o uso indevido da força judicial para direcionar investigações de forma parcial. Portanto, segundo Marsiglia, a real gravidade do problema reside na falta de imparcialidade e autonomia nas investigações, e não apenas nas violações de ritos processuais. O debate público e midiático, ao focar excessivamente em aspectos formais, acaba ignorando o impacto mais profundo e prejudicial dessas ações.