O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu por unanimidade, nesta terça-feira, 20, afastar a juíza Ana Cristina Paz Neri Vignola por um período de sessenta dias. A decisão veio após uma série de publicações em sua rede social, nas quais a magistrada atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Alexandre de Moraes, nordestinos e a população LGBT+. Além disso, ela incentivou publicamente o não cumprimento das normas sanitárias durante a pandemia da Covid-19.
Durante o afastamento, a juíza continuará recebendo salário proporcional ao tempo de serviço. Ana Cristina está lotada no fórum de Sorocaba, e de acordo com o Portal da Transparência do Tribunal de Justiça de São Paulo, seu salário mensal é de 81.092,36 reais. A reportagem verificou esses vencimentos para os meses de maio, junho e julho.
O procedimento contra a juíza foi aberto em novembro de 2022, logo após o segundo turno das eleições presidenciais. Em sua conta do Instagram, Ana Cristina publicou memes e frases de efeito contra Lula e o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Uma das postagens dizia: “Se diploma fosse sinal de inteligência, não teríamos tantos professores ‘fazendo o L’”. Em outra, ela compartilhou uma caricatura de Moraes com a boca das pessoas ao redor tapada, enquanto dizia “viva o Estado democrático de direito”.
Além dessas publicações, a juíza fez diversas comparações de Lula a um presidiário devido às condenações da Lava-Jato. Vários posts replicavam bordões dos apoiadores de Jair Bolsonaro, dizendo, por exemplo, “Supremo é o povo”.
As publicações da juíza nas redes também continham imagens polêmicas. Em uma delas, uma mão negra com uma bandeira LGBT+ nos braços e o número 13, é segurada por uma mão branca com o número 22, com a legenda “Na minha família não”. Em outros posts, ela criticou os nordestinos: “Bolsonaro também é f*, foi falar na Bahia que ia gerar um milhão de empregos”, e “se votar no PT fosse bom negócio, o nordeste seria uma Dubai do Brasil”.
A decisão de afastar a juíza foi uma das mais severas previstas pela Lei Orgânica da Magistratura. A promoção de ideias que ferem valores fundamentais, como o respeito à diversidade e à democracia, foi uma das razões principais para tal punição.
A punição aplicada pelo CNJ é conhecida como “disponibilidade”, e é uma das penalidades mais graves depois da aposentadoria compulsória e da demissão. Durante o período de afastamento, a magistrada continua a receber salário proporcional, mas é impedida de exercer suas funções.
A medida de disponibilidade é utilizada especialmente em casos graves, onde a conduta de um magistrado compromete a imagem da Justiça e desrespeita os princípios éticos e legais. Dessa forma, o CNJ busca manter a integridade e a confiança no sistema judiciário brasileiro.
A disponibilidade da juíza Ana Cristina Paz pode ter impactos significativos em sua carreira futura. Dependendo dos resultados de investigações adicionais, ela pode enfrentar ainda mais consequências, como a aposentadoria compulsória ou até a demissão. O Conselho Nacional de Justiça pretende reforçar a necessidade de conduta ética e responsável de todos os magistrados, promovendo o respeito à dignidade humana e aos valores democráticos.
Este caso serve como um lembrete da responsabilidade dos juízes em manter a neutralidade e o respeito em suas ações públicas e privadas. A decisão foi amplamente noticiada e gerou importantes debates sobre o impacto das redes sociais na imagem pública dos profissionais do judiciário.
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
Imagens de câmera de monitoramento mostram o momento em que um brigadiano sozinho salva um casal e uma criança feitos reféns durante assalto na noite de terça-feira (1º) em Estância Velha. O confronto aconteceu uma agropecuária na Rua Walter Klein, no bairro Bela Vista. Nas cenas, o policial militar aparece armado em uma área externa da agropecuária. Em seguida, dois criminosos saem segurando as vítimas, que são seguidas por um cordeiro. "Foi uma situação inédita para mim", diz policial que salvou família refém de assalto em agropecuária de Estância Velha Criminoso que morreu após ser baleado durante assalto com reféns em Estância Velha usava tornozeleira eletrônica No momento em que os criminosos se aproximam de um carro estacionado em frente ao local, o policial se distancia em meio à rua. Os criminosos tentam embarcar com os reféns, mas o agente dispara um tiro em direção ao carro. O delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, explica que uma policial teria chegado