Em poucas palavras, Corina destrói a hipocrisia de Lula

Na quinta-feira (15), a líder opositora venezuelana María Corina Machado criticou duramente a sugestão do presidente brasileiro Lula de realizar uma nova eleição na Venezuela. Ela classificou a proposta como "uma falta de respeito" e afirmou que a oposição já enfrentou enormes desafios no processo eleitoral, enfatizando que "as eleições já foram realizadas". Para Corina, a ideia de repetir as eleições caso o resultado não seja satisfatório é absurda. Em uma coletiva de imprensa, Corina Machado questionou a lógica de Lula, perguntando se seria aceitável realizar novas eleições repetidamente até que um resultado agradasse ao regime de Maduro. "Vamos para uma segunda eleição, se não gostam dos resultados, para uma terceira? Uma quarta? Uma quinta? Até que Maduro aprove os resultados?", desafiou a líder opositora, ressaltando o absurdo de tal proposta. A ex-deputada destacou a difícil realidade enfrentada pela oposição durante as eleições, que ocorreram "sob as regras da tirania". Ela lembrou dos riscos que os venezuelanos enfrentaram, incluindo prisões e mortes, para poder participar do processo eleitoral. Para ela, desconsiderar o que aconteceu em 28 de julho é desrespeitar aqueles que arriscaram suas vidas para exercer sua soberania popular. Corina Machado também rejeitou qualquer tentativa de desconsiderar a vontade do povo expressa nas eleições, afirmando que a soberania popular deve ser respeitada. Em suas palavras, "as eleições já aconteceram" e qualquer tentativa de anulá-las seria uma afronta aos venezuelanos que lutaram para se fazerem ouvir. Ela deixou claro que não aceitará que o sacrifício feito por muitos seja em vão. Além disso, a líder opositora rejeitou a proposta de Lula de formar um governo de coalizão na Venezuela. Ela alertou para o perigo de comparar a situação venezuelana com conflitos políticos em países onde os grupos envolvidos não estão associados a atividades criminosas. "É preciso ter muito cuidado, pois os exemplos mencionados se referem a conflitos políticos entre grupos democráticos ou que, pelo menos, não estavam envolvidos em atividades criminosas. Este não é o caso aqui", concluiu Corina. Confira o vídeo: