O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi o primeiro a se pronunciar publicamente em defesa do ministro Alexandre de Moraes após o jornal Folha de S.Paulo revelar que o magistrado usou a Assessoria de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que era submetida à Presidência da Corte quando ele era presidente, para municiar o inquérito das fake news no STF, do qual é relator.
Dino afirmou nesta quarta-feira (14), em evento organizado pelo Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (IEJA), que Moraes “é acusado de um crime gravíssimo, qual seja: cumprir o seu dever”.
O TSE exerce o poder [de] polícia, manda elaborar relatórios acostados em autos existentes e isso é tido como violação de rito – afirmou.
– Estamos diante da inusitada situação de se questionar o direito de ofício do poder de polícia – prosseguiu o ministro.
– Desde ontem à noite, não consegui encontrar em que capítulo, dispositivo ou preceito viola qualquer determinação da nossa ordem jurídica – prosseguiu.
Para Dino, os pedidos de Moraes para que o TSE produzisse relatórios e monitorasse a atividade de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram “para o estrito cumprimento do dever legal”. O ministro, que foi juiz federal no início da carreira, declarou-se “chocado” com os questionamentos feitos à atuação de Moraes.
A atual presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, fez um gesto a Moraes mais sutil do que o de Dino. Ao se encaminhar para o púlpito em que faria a palestra no IEJA, a magistrada parou em frente a Moraes e beijou a sua mão numa demonstração de apoio. O evento não teve transmissão ao vivo e foi prestigiado majoritariamente por advogados, juízes e procuradores.
Os pedidos de investigação feitos por Moraes ocorreram antes e depois das eleições gerais de 2022, período no qual o órgão de cúpula da Justiça Eleitoral era presidido pelo ministro. Segundo a reportagem da Folha de S.Paulo, auxiliares de Moraes, tanto do STF quanto do TSE, trocavam mensagens de WhatsApp com técnicos da Justiça Eleitoral solicitando, de forma não oficial, a produção de documentos para serem utilizados em inquéritos no Supremo.
Em alguns casos, diz o jornal, os auxiliares de Moraes não apenas indicavam a personalidade que deveria ser investigada como também sugeriam conteúdos que deveriam constar no documento produzido pelo TSE. Moraes, por sua vez, diz que o TSE tem “poder de polícia” e que os relatórios solicitados foram “oficiais e regulares”.
Ele também acrescentou que o processo contou “com integral participação da Procuradoria-Geral da República”.
*AE
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
Imagens de câmera de monitoramento mostram o momento em que um brigadiano sozinho salva um casal e uma criança feitos reféns durante assalto na noite de terça-feira (1º) em Estância Velha. O confronto aconteceu uma agropecuária na Rua Walter Klein, no bairro Bela Vista. Nas cenas, o policial militar aparece armado em uma área externa da agropecuária. Em seguida, dois criminosos saem segurando as vítimas, que são seguidas por um cordeiro. "Foi uma situação inédita para mim", diz policial que salvou família refém de assalto em agropecuária de Estância Velha Criminoso que morreu após ser baleado durante assalto com reféns em Estância Velha usava tornozeleira eletrônica No momento em que os criminosos se aproximam de um carro estacionado em frente ao local, o policial se distancia em meio à rua. Os criminosos tentam embarcar com os reféns, mas o agente dispara um tiro em direção ao carro. O delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, explica que uma policial teria chegado