Em recente discurso na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), em Buri (SP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o imposto sobre herança nos Estados Unidos é de 40%. A declaração causou polêmica e foi desmentida por especialistas. Nos EUA, o sistema de cobrança de imposto sobre herança é bem mais complexo do que aparenta. O sistema norte-americano de imposto sobre herança é dividido entre tributos federais e estaduais, e apenas seis dos 50 estados adotam a medida. São eles: Iowa, Kentucky, Maryland, Nebraska, New Jersey e Pennsylvania. Além disso, a alíquota máxima de 40% é aplicada em casos bastante raros.
No Brasil, o imposto sobre herança varia de estado para estado, com alíquotas entre 4% e 8%. O teto é definido pelo Senado Federal, mas cada estado tem liberdade para estabelecer suas próprias regras dentro desse limite. Muitos questionam por que apenas seis estados norte-americanos adotam o imposto sobre herança e por que a alíquota pode chegar a 40%. Vale lembrar que o sistema tributário nos EUA permite que tanto a união quanto os estados cobrem impostos sobre o mesmo fato gerador.
Daniel Szelbracikowski, especialista em Direito Tributário, explica que a isenção de impostos sobre herança nos EUA atinge a maioria dos cidadãos. “Cidadãos americanos possuem isenção do imposto sobre heranças de até US$ 13,6 milhões”, afirmou. Em reais, isso equivale a cerca de R$ 76 milhões. Portanto, são poucos aqueles que pagam o imposto máximo de 40%. O sistema tem um objetivo claro: incentivar doações para universidades, institutos e laboratórios. **Lula**, ao comparar as doações nos EUA e Brasil, tocou em um ponto importante sobre as diferenças culturais e tributárias entre os dois países.
O Brasil adota um sistema de imposto sobre herança bastante simplificado se comparado ao dos EUA. A alíquota varia entre 4% e 8%, dependendo do estado. Por exemplo, em São Paulo, a alíquota única aplicada é de 4%, enquanto no Rio de Janeiro, há seis alíquotas progressivas que podem chegar a 8%. Diferentemente dos EUA, onde apenas heranças acima de US$ 13,6 milhões são tributadas, no Brasil não há isenção tão elevada. Isso significa que um número maior de pessoas está sujeito ao imposto sobre herança.
Szelbracikowski exemplificou que, se o modelo norte-americano fosse transposto para o Brasil, a imensa maioria dos brasileiros não pagaria imposto sob herança, devido ao alto limite de isenção no modelo norte-americano. Lula afirmou que, com um imposto sobre herança mais alto, haveria mais doações no Brasil, seguindo o exemplo norte-americano. Porém, essa declaração levanta diversas questões. **Szelbracikowski** ressaltou que o sistema tributário brasileiro não incentivaria o mesmo comportamento que nos EUA, devido às diferenças econômicas e culturais.
Além disso, é importante notar que o teto de 40% nos EUA é uma exceção e não a regra. A maioria das heranças lá são isentas ou pagam impostos bem menores, o que não foi claramente expresso no discurso presidencial. As doações elevadas para universidades e outras instituições são parte da cultura americana, incentivadas por benefícios tributários. No Brasil, a alíquota menor e um sistema de doações menos desenvolvido são reflexos de uma cultura tributária diferente.
Embora a ideia de aumentar o imposto sobre herança possa parecer atrativa para gerar maiores receitas e incentivar doações, é necessário uma análise cuidadosa sobre como isso se aplicaria à realidade brasileira. Cada sistema tem suas peculiaridades e deve ser adaptado conforme as necessidades e características de seu país.
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
Imagens de câmera de monitoramento mostram o momento em que um brigadiano sozinho salva um casal e uma criança feitos reféns durante assalto na noite de terça-feira (1º) em Estância Velha. O confronto aconteceu uma agropecuária na Rua Walter Klein, no bairro Bela Vista. Nas cenas, o policial militar aparece armado em uma área externa da agropecuária. Em seguida, dois criminosos saem segurando as vítimas, que são seguidas por um cordeiro. "Foi uma situação inédita para mim", diz policial que salvou família refém de assalto em agropecuária de Estância Velha Criminoso que morreu após ser baleado durante assalto com reféns em Estância Velha usava tornozeleira eletrônica No momento em que os criminosos se aproximam de um carro estacionado em frente ao local, o policial se distancia em meio à rua. Os criminosos tentam embarcar com os reféns, mas o agente dispara um tiro em direção ao carro. O delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, explica que uma policial teria chegado