O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, no poder desde 2013, pediu “respeito pela vontade popular” após ser proclamado “presidente” reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) neste domingo (28). As eleições foram questionadas tanto pela oposição quanto pela comunidade internacional, levantando dúvidas sobre a legitimidade do processo.
“É isso que pinto como presidente, respeito pela Constituição, pelos poderes públicos e pela vida soberana da Venezuela, respeito pela vontade popular (…) Vou defender a nossa lei e o nosso anseio”, declarou Maduro aos seus apoiadores, que se reuniram perto do palácio presidencial para escutar seu “discurso de vitória”.
Ele prometeu que, com os novos resultados, dará “toda a sua vida para realizar todas as mudanças necessárias que necessita este país”, imerso em uma crise econômica desde 2014.
Maduro afirmou que trabalhará em seu terceiro mandato “para resgatar todos os direitos violados pela guerra econômica”, culpando os EUA pela situação desastrosa enfrentada pela Venezuela. Além disso, em seu discurso, voltou a atacar o presidente argentino, Javier Milei, chamando-o de “sociopata sádico”, “fascista”, “vendido” e “traidor da pátria”. Essas críticas já foram feitas por Maduro outras vezes.
Ele concluiu seu discurso dizendo que sua reeleição “é o triunfo da paz, da estabilidade, do ideal republicano e dos ideais de igualdade”, mencionando que seus adversários políticos são “fascistas” que buscam desestabilizar o país. Segundo um relatório preliminar do CNE, Maduro foi reeleito com 5.150.092 votos (51,2%), enquanto Edmundo González Urrutia obteve 4.445.978 votos (44,2%).
A líder antichavista María Corina Machado afirmou nesta segunda-feira (29) que o verdadeiro presidente eleito da Venezuela é o ex-embaixador Edmundo González Urrutia, desafiando o anúncio do CNE que confirmou a vitória de Maduro.
“A Venezuela tem um novo presidente eleito e ele é Edmundo González Urrutia. Vencemos e todos sabem disso”, disse Machado aos jornalistas, acompanhada pelo candidato da Plataforma Unitária Democrática (PUD), principal bloco da oposição.
Machado disse que possui mais de 40% das atas transmitidas pelo órgão eleitoral, segundo as quais González Urrutia obteve 70% dos votos, enquanto Maduro ficou com 30%. “Esta é a verdade e é, meus queridos venezuelanos, a eleição presidencial com a maior margem de vitória da história. Parabéns, Edmundo!”, comemorou ela.
A oposição já planeja ações para defender a verdade dos resultados eleitorais. Machado afirmou que, nos próximos dias, serão anunciadas “ações de defesa da verdade” e instou a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) a “respeitar a soberania popular” expressa no voto. “Os militares estavam lá (…) o dever das Forças Armadas Nacionais é respeitar a soberania popular expressa no voto, e é isso que nós, venezuelanos, esperamos de cada um dos nossos soldados”, declarou.
Por sua vez, Urrutia denunciou que “todas as regras foram violadas” após a declaração de vitória de Maduro pelo CNE. “Os venezuelanos e o mundo inteiro sabem o que aconteceu hoje no dia das eleições, todas as regras foram violadas aqui, a tal ponto que a maior parte das atas ainda não foram entregues”, lamentou o ex-embaixador.
O diplomata ressaltou que a sua mensagem e a da coligação que representa, de “reconciliação e mudança em paz”, permanece válida, acrescentando que está “convencido de que a grande maioria dos venezuelanos aspira a mesma coisa”. Finalizou afirmando: “Nossa luta continua e não descansaremos até que a vontade do povo da Venezuela seja respeitada.”
🚨Maduro desafia Milei para uma luta e o chama de covarde após por fraude “vencer” as eleições na Venezuela!
— Jornal da Direita Online 🇧🇷🇮🇱 (@JornalBrasilOn2) July 29, 2024
“Milei, covarde, você não me aguenta um round. Ele deve estar explodindo com sua cara de monstro. Ele é um cara feio e estúpido e tira fotos estúpidas.”
👉 *Nosso… pic.twitter.com/i4NxsEbjUh