Malafaia terá de indenizar Vera Magalhães Malafaia terá de indenizar Vera Magalhães Malafaia terá de indenizar Vera Magalhães Pular para o conteúdo principal

Malafaia terá de indenizar Vera Magalhães


 
O pastor evangélico da Assembleia de Deus Silas Malafaia foi condenado a pagar uma indenização de R$ 15 mil em danos morais para a jornalista Vera Magalhães, por ter dito nas redes sociais que ela recebeu dinheiro do ex-governador João Dória para defender o governo, que tem "preconceito religioso" e faz o jornalismo "mais baixo e medíocre que tem".


O episódio ocorreu no dia 30 de agosto de 2022, quando, durante um debate presidencial, a jornalista foi confrontada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Vera, não pude esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão em mim. Não pode tomar partido num debate como esse. Fazer acusações mentirosas a meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro", disse o então candidato à reeleição.

Bolsonaro foi repreendido no debate e, por isso, Malafaia o defendeu, fazendo uma série de publicações nas redes sociais contra Vera Magalhães. "Você foi contratada no governo João Dória, recebe grana do governo paulista", disse o pastor, afirmando que a jornalista recebia R$ 500 mil por ano como apresentadora do programa Roda Viva, da TV Cultura. O Estadão Verifica demonstrou que a informação é falsa.

O caso está na 21ª Vara Cível de São Paulo. Malafaia foi obrigado a apagar as publicações logo no começo do processo e, agora, foi condenado a uma indenização de R$ 15 mil. A defesa do pastor argumentou que ele criticou a jornalista "no seu viés profissional e naquilo que ela própria (Magalhães) escolhe tornar público".

A juíza do caso, Maria Carolina de Mattos Bertoldo, decidiu que Malafaia deveria ser punido por ter compartilhado uma informação falsa sobre a remuneração de Magalhães. O salário dela como apresentadora da TV Cultura é de R$ 22 mil - o que totaliza R$ 254 mil anuais - e não é pago pelo governo, mas sim pela Fundação Padre Anchieta, mantenedora do canal educativo.

"O réu se valeu dos meios digitais de comunicação para propagar informações acerca da autora, cuja veracidade não se demonstrou", disse Bertoldo.

As demais ofensas, para a juíza, não foram suficientes para configurar dano moral. "Ressalvando-se os exageros habituais dos discursos políticos, não constato que os termos empregados evadiram os limites do exercício da liberdade de expressão", diz a sentença.

Além da indenização de R$ 15 mil, que vai ficar maior por causa de juros retroativos ao dia em que as publicações foram feitas, Malafaia terá que pagar R$ 3 mil em honorários para os advogados da jornalista.

A reportagem entrou em contato com o escritório que defende o pastor Silas Malafaia, mas não obteve retorno. A sentença foi publicada nesta segunda-feira, 9, no Diário de Justiça e, por isso, ainda cabe recurso para a segunda instância.


FONTE: Agência Estado


 
O pastor evangélico da Assembleia de Deus Silas Malafaia foi condenado a pagar uma indenização de R$ 15 mil em danos morais para a jornalista Vera Magalhães, por ter dito nas redes sociais que ela recebeu dinheiro do ex-governador João Dória para defender o governo, que tem "preconceito religioso" e faz o jornalismo "mais baixo e medíocre que tem".


O episódio ocorreu no dia 30 de agosto de 2022, quando, durante um debate presidencial, a jornalista foi confrontada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Vera, não pude esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão em mim. Não pode tomar partido num debate como esse. Fazer acusações mentirosas a meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro", disse o então candidato à reeleição.

Bolsonaro foi repreendido no debate e, por isso, Malafaia o defendeu, fazendo uma série de publicações nas redes sociais contra Vera Magalhães. "Você foi contratada no governo João Dória, recebe grana do governo paulista", disse o pastor, afirmando que a jornalista recebia R$ 500 mil por ano como apresentadora do programa Roda Viva, da TV Cultura. O Estadão Verifica demonstrou que a informação é falsa.

O caso está na 21ª Vara Cível de São Paulo. Malafaia foi obrigado a apagar as publicações logo no começo do processo e, agora, foi condenado a uma indenização de R$ 15 mil. A defesa do pastor argumentou que ele criticou a jornalista "no seu viés profissional e naquilo que ela própria (Magalhães) escolhe tornar público".

A juíza do caso, Maria Carolina de Mattos Bertoldo, decidiu que Malafaia deveria ser punido por ter compartilhado uma informação falsa sobre a remuneração de Magalhães. O salário dela como apresentadora da TV Cultura é de R$ 22 mil - o que totaliza R$ 254 mil anuais - e não é pago pelo governo, mas sim pela Fundação Padre Anchieta, mantenedora do canal educativo.

"O réu se valeu dos meios digitais de comunicação para propagar informações acerca da autora, cuja veracidade não se demonstrou", disse Bertoldo.

As demais ofensas, para a juíza, não foram suficientes para configurar dano moral. "Ressalvando-se os exageros habituais dos discursos políticos, não constato que os termos empregados evadiram os limites do exercício da liberdade de expressão", diz a sentença.

Além da indenização de R$ 15 mil, que vai ficar maior por causa de juros retroativos ao dia em que as publicações foram feitas, Malafaia terá que pagar R$ 3 mil em honorários para os advogados da jornalista.

A reportagem entrou em contato com o escritório que defende o pastor Silas Malafaia, mas não obteve retorno. A sentença foi publicada nesta segunda-feira, 9, no Diário de Justiça e, por isso, ainda cabe recurso para a segunda instância.


FONTE: Agência Estado

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Gigante atacadista fechará suas últimas 24 lojas e encerrará suas atividades no Brasil

A rede atacadista Makro encerrará suas atividades no Brasil, fechando as últimas 24 lojas ainda em atividade no país. Foram 50 anos de história em solo brasileiro, ultrapassando a marca de 50 lojas espalhadas por vários estados. Nos últimos anos, a empresa repassou 30 lojas para o Atacadão, captando R$ 1,95 bilhão com a venda. Agora, a empresa contratou o Santander para encontrar um comprador para as lojas remanescentes e espera obter R$ 2 bilhões, de acordo com o Estadão. A rede Makro é administrada pelo grupo holandês SHV que desistiu de competir com outras redes atacadistas disponíveis no Brasil. Além desta razão, segundo a reportagem, é que a matriz já deixou de atuar como varejista na Europa há mais de 20 anos e também está encerrando suas lojas na Ásia e na África. Pleno News

Homem interrompe Globo ao vivo em velório de crianças em Blumenau: “Sangue do meu sobrinho está nas mãos de vocês, vagabundos”; ASSISTA AO VÍDEO

O velório das quatro crianças que morreram no ataque à creche em Blumenau ocorre ao longo desta quinta-feira (6), na cidade catarinense.  Durante uma entrada ao vivo do repórter Felipe Sales na TV Globo em frente ao cemitério, um homem interrompeu a transmissão. “O sangue do meu sobrinho está nas mãos de vocês, seus vagabundos”, disse, batendo palmas ao lado do repórter. Homem interrompe Globo ao vivo em velório de crianças em Blumenau e dispara: ‘Sangue do meu sobrinho está nas mãos de vocês’ #GloboLixo pic.twitter.com/xfW7xnxPWl — SAM - The Detective of ZV 🕵🏻‍♂️ (@Samhds2) April 6, 2023

Jovem Pan baixa a cabeça e demite Thiago Pavinatto, (Veja o Vídeo)

O apresentador Tiago Pavinatto, do programa Linha de Frente e Os Pingos nos Is, foi demitido da Jovem Pan nesta terça-feira (22). A demissão ocorreu após o advogado e comentarista político se recusar a pedir desculpas a um desembargador que foi chamado por ele de “vagabundo tarado”. Nesta segunda (21), Pavinatto comentou a decisão do desembargador Airton Vieira, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de ter inocentado um acusado de estupro contra uma menina de 13 anos. Exaltado com a notícia, Pavinatto ofendeu o magistrado e, mesmo a emissora pedindo para que ele se desculpasse, o profissional se negou. – A direção da casa está pedindo uma retratação ao desembargador Airton Vieira e eu não vou fazer. E eu deixo claro aqui: eu não vou fazer uma retratação para uma pessoa que ganha dinheiro público, livra um pedófilo, e ainda chama a vítima, de 13 anos de idade, de vagabunda – declarou. E continuou: – Eu me nego a fazer. Estou sendo cobrado insistentemente a me retratar. Eu n