Durante o depoimento de Cristiano Alberto Carvalho, representante da empresa Davati Medical Supply, à CPI da pandemia, também conhecida como “CPI do Circo”, “CPI da Cortina de Fumaça” e “Tribunal de Renan Calheiros”, o depoente pediu para ir ao banheiro ao ser questionado pelo senador Marcos Rogério sobre possíveis crimes.
Ao retornar, o depoente mudou a versão que tinha apresentado sobre seu pedido de auxílio emergencial e declarou: “Gostaria de retificar (...). Infelizmente, estou sendo colocado em uma situação constrangedora. Não me orgulho disso, já entrei em contato para devolver”.
Marcos Rogério pontuou:
“Nesse momento, o depoente acaba de narrar que mentiu, conscientemente, diante da CPI da Pandemia, sendo caso para prisão em flagrante. Eu tenho posições nesta CPI e fiz apelo, a vossa excelência, por diversas vezes, para não praticar tal ato, que é extremo.
Não vou mudar minha posição neste momento, em respeito até ao patrono que está aqui hoje, mas é caso de crime em flagrante”. O senador acrescentou: “Com essa informação, todo o depoimento dele está em xeque, fica comprometido. Ele só mentiu neste ponto? A oposição já escolheu em quem acreditar (...). Vai vendo, Brasil, quem está dando palco para trambiqueiro, para vendedor de ilusões: é a CPI da Pandemia.
Lá no Ministério da Saúde, não teve êxito. Não deixaram avançar. Qual a revelação? Qual o crime? O que foi contratado? O que foi pago? Ofertou o que não tinha, vendedor de ilusões que não representa ninguém e nunca entregou nada. Esse tipo de proposta, de estelionato, foram milhões desviados no Consórcio Nordeste, nos estados, mas, isso, não se investiga.
Aqui, bandidos são promovidos, tratados com fidalguia”. Marcos Rogério denunciou a diferença de tratamento que o comando da CPI dá aos depoentes conforme estes confirmem ou não suas narrativas. O senador disse: “Quem serve ao povo, trata pessoas, são tratados com desrespeito, acusações, ameaças, debaixo de vara.
Total inversão de valores! Contra o Governo Bolsonaro, rodam e não encontram prova de crime algum. Zero de prejuízo, mas acusam o governo. Lamento que estejamos dando palco, hoje, para uma situação que parece representar a tentativa de um grande golpe. No Ministério da Saúde, graças a Deus, não avançou um milímetro. A proposta não foi, sequer, cogitada”.
*Folha Política