O jornal O Estado de São Paulo publicou uma suposta notícia em que relata que um interlocutor não identificado teria transmitido uma suposta ameaça do ministro da Defesa, General Walter Braga Netto, ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Como fonte, o jornal apresenta “um restrito grupo da política e do Judiciário”, cujos membros não desejam se identificar. O relato do jornal foi desmentido tanto pelo ministro da Defesa quanto pelo presidente da Câmara, e o jornal afirma que mantém o seu relato, o que levou a diversos questionamentos sobre a responsabilidade do veículo.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou, pelas redes sociais: “A despeito do que sai ou não na imprensa, o fato é: o brasileiro quer vacina, quer trabalho e vai julgar seus representantes em outubro do ano que vem através do voto popular, secreto e soberano. As últimas decisões do governo foram pelo reconhecimento da política e da articulação como único meio de fazer o País avançar”.
O ministro da Defesa, General Walter Braga Netto, divulgou uma nota pública, que ele também leu durante uma cerimônia com o presidente Jair Bolsonaro. (...) O jornalista Paulo Enéas questionou: “Cabe perguntar se a CPMI das Fake News irá investigar a mentira criminosa publicada hoje pelo Estadão envolvendo os comandantes militares. Uma mentira que representa, ela sim, um ataque às instituições e à democracia.
Ou ameaças só existem supostamente em conversas de zap?”. O presidente do PTB, Roberto Jefferson, disse: “Partidos ingressarão no STF para exigir explicações do General Braga Netto. Fachin fala em "populismo autoritário". Existe algo que prove que ele falou o que o Estadão disse que "um interlocutor" dele falou? Existem testemunhas? Como é fácil fabricar um escândalo nos dias atuais”. Roberto Jefferson prosseguiu: “General Braga Netto disse que a "notícia" sobre ameaças às eleições é invenção.
O Estadão publica matéria em que faz afirmações em cima de um off que pode nem mesmo existir. E outros veículos reproduzem como se fosse tudo verdade. Isso não é informar, é formação de quadrilha. Arthur Lira desmentiu a conversa que o Estadão publicou sobre uma suposta ameaça feita pelo General Braga Netto. E o próprio General desmentiu que tenha feito ameaças. Mas a imprensa age como se tudo que postam, em cima de offs, fosse verdade. Foi fake news nojenta. Ponto final”.
O presidente do PTB explicou: “Tenho denunciado o conluio entre imprensa esquerdista, partidos de oposição e Judiciário para derrubar Bolsonaro. Hoje, mais uma jogadinha combinada. Estadão publicou "denúncias" sobre ameaças às eleições. Agora partidos entram no STF para exigir explicações. Tudo no script. Os partidos de esquerda dizem que vão entrar no STF para exigir que o General Braga Netto diga se ele fez mesmo ameaças às eleições.
Pois ele já disse, e negou peremptoriamente ter feito as afirmações. Mas isso não adianta. O STF vai dar 48 horas pra ele dizer o que já disse hoje”. O vlogger Luiz Camargo perguntou: “O Estadão não vai ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional???”. O investidor Leandro Ruschel disse: “Segundo o Estadão, o general Braga Netto teria avisado Arthur Lira que não haveria eleição se não fosse com voto impresso.
O presidente da Câmara teria repudiado a iniciativa. Dada a postura militante de oposição do jornal, difícil avaliar o grau de veracidade do relato. O que ninguém coloca em dúvida é a atuação do Supremo para impedir a aprovação da PEC do voto impresso no Congresso, rasgando a separação de poderes e a vedação imposta aos ministros de atuação político-partidária.
Os militantes de redação aplaudem a manobra”. A socióloga e assessora de comunicação Sarita Coelho disse: “Ministro da Defesa desmente Estadão, que escreveu uma reportagem com base em "interlocutores que não quiseram se identificar". “Eu não mando recados. Eu não tenho interlocutor.
Isso é mentiroso”, disse general Braga Netto sobre a "notícia". A quem interessa plantar no Estadão a fake news de que as FFAAs ameaçam as eleições? Quem tentou criar um falso fato jurídico para ser objeto de investigação? A quem interessa desacreditar o debate sobre o voto impresso? Por que publicar essa fofoca sem nenhum indício de veracidade?”.
O militante Alan Lopes questionou: “Arthur Lira desmentiu a matéria do Estadão, de que o General Braga Neto teria o ameaçado. A pergunta é: vai ficar por isso mesmo? Não tem inquérito das Fake News pra eles? Podem falar o que quiser, enquanto outros são perseguidos, tem equipamentos apreendidos e alguns até presos?”.