O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, fez um pronunciamento na manhã desta segunda-feira (12), em cadeia de rádio e televisão, em que afirmou que os protestos de ontem no país foram uma tentativa de desacreditar o atual governo e a Revolução Comunista.
Acompanhado de membros da gestão e da cúpula política do Partido Comunista de Cuba, Díaz-Canel garantiu que as manifestações ocorridas em todo o território visavam “quebrar a unidade de nossa população”.
Neste domingo (11), milhares de pessoas foram às ruas da ilha para protestar contra o governo cubano, em um dia inédito de atos contrários ao regime, marcado por confrontos e detenções. Em contrapartida, Díaz-Canel convocou seus apoiadores para enfrentar os manifestantes e defender a Revolução Cubana.
O presidente indicou que o pronunciamento desta manhã foi uma iniciativa pensada há dias para “oferecer informação ao povo” sobre a situação do país, que atravessa o pior momento da pandemia da Covid-19 e uma grave crise econômica, com escassez de alimentos, medicamentos, interrupções no fornecimento de energia.
Além de discursar, Díaz-Canel e ministros responderam perguntas de jornalistas. A primeira pergunta foi, justamente, sobre os “apagões”, uma das causas dos protestos populares ocorridos neste domingo. No interior, algumas regiões estão há semanas sem luz.
O presidente e o titular da pasta de Energia atribuíram os cortes a avarias nas principais centrais termoelétricas da ilha e ao aumento da demanda. Em seguida, garantiram que a estabilidade do serviço acontecerá a partir de terça (13).
*EFE