O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (7), a suspensão do mandato do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) por seis meses. Parlamentares da oposição tentaram transformar a punição em cassação, mas não conseguiram votos suficientes. Silveira poderá recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para que o caso seja decidido em plenário.
Daniel Silveira responde a três ações no Conselho de Ética e o caso julgado nesta quarta, que trata dos ataques do deputado aos ministros do STF e da apologia ao AI-5, é considerado o processo mais grave.
A própria base aliada do governo federal trabalhou pela aprovação da suspensão por seis meses. O receio era de que um novo parecer alterasse a punição para a cassação do mandato. O deputado Fernando Rodolfo (PL-PE) é o autor do parecer.
– Talvez uma suspensão de seis meses seja mesmo pouco. Ideal seria um período maior. Mas entendo que a cassação do mandato é medida extrema. Concordo que o deputado Daniel extrapolou o limite do bom senso, não concordo com sua postura e repudiamos aqui. Mas ele não praticou ato de corrupção, não matou. Perder o mandato pelo o que ele fala é muito grave. Acho que ele já está pagando por seus excessos, está preso. Acaba de voltar para a cadeia. Se o deputado não chegou, já está muito próximo do fundo do poço. Provável que nem volte mais ao mandato nesta legislatura, se as penas de suspensão forem somadas. E o Supremo (STF) pode até suspender seus direitos políticos – apontou Fernando.
Esta é a segunda suspensão do mandato de Daniel Silveira que o conselho aprovou. A primeira indica o afastamento do deputado por dois meses e foi confirmada na semana passada. Esta ação tratava do vídeo em que Silveira disse que manifestantes “antifascistas” poderiam levar um “tiro na caixa do peito”.
*Pleno News