Bia Kicis fala sobre hacker do TSE, ataque à comissão do voto impresso, ‘quem tem que querer é o povo’, (Veja o Vídeo)
Em sua live semanal, a deputada federal Bia Kicis relatou o que aconteceu na conturbada sessão da comissão especial que analisa sua proposta do voto impresso auditável.
Bia Kicis lembrou que um grupo de deputados apresentou um requerimento de autoconvocação para, nas palavras de um dos integrantes do grupo, “enterrar a PEC do voto impresso”.
A deputada Bia Kicis explicou que a sessão foi encerrada após o relator, o deputado Filipe Barros, acatar uma sugestão e pedir o prazo regimental para alterar seu relatório, de forma que a próxima reunião da comissão já está convocada para a volta do recesso parlamentar.
Bia Kicis apontou que os deputados que tentavam “enterrar a PEC”, além de causarem muito tumulto, também impediram o relator, Filipe Barros, de apresentar um vídeo em que entrevista um hacker que teria participado da invasão ao TSE nas últimas eleições.
A deputada relatou que o hacker foi capturado na operação Deepwater, da Polícia Federal, e participou da invasão ao TSE em 2020, e afirmou que o sistema do TSE é vulnerável a ataques de outros países. Bia Kicis questionou por que o vídeo com as declarações do hacker causou uma reação tão violenta dos deputados, que não quiseram permitir sua apresentação.
A deputada também questionou o TSE e voltou a defender a importância do voto impresso auditável. Bia Kicis disse: “O TSE não quer, a oposição não quer, donos de partido não querem. Mas quem tem que querer é o povo”.
A deputada pediu aos cidadãos que participem das manifestações pelo voto impresso auditável e disse: “o povo tem que mostrar que não aceita um sistema vulnerável para decidir os rumos da política do país”. A deputada desabafou, lamentando a interferência do TSE nos trabalhos do Congresso.
Bia Kicis disse: “a única coisa que eu não consegui foi impedir o TSE de entrar em campo, porque aí também já está completamente fora do meu controle, até porque eu respeito o art. 2º da Constituição - que diz que os poderes têm que ser independentes e harmônicos - mas tem gente que não está respeitando isso”, e acrescentou: “a questão do TSE desinformar, falando que a gente quer a volta da cédula do papel, isso tem que ser muito esclarecido”.
*Folha Política